Mulheres na Conservação: Reflexões sobre Representatividade e Desafios no Meio Ambiente

 



No dia 23 de outubro de 2024, durante a Semana Nacional da Ciência e Tecnologia na Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), participei de uma experiência que me marcou profundamente: a exibição do documentário Mulheres na Conservação . Mais do que um simples relato sobre a trajetória das mulheres na preservação ambiental, o documentário foi um convite à reflexão sobre desigualdade de gênero, ciência e resistência.

A produção revelou histórias de mulheres que desafiam barreiras estruturais e culturais para atuar na conservação da biodiversidade, um campo historicamente dominado pelos homens. O que mais me chamou a atenção foi a forma como essas mulheres, além de lidarem com os desafios inerentes à profissão, ainda precisam enfrentar o peso do machismo, a falta de reconhecimento e a escassez de oportunidades. Eles não apenas protegem o meio ambiente, mas também lutam diariamente para garantir seu espaço dentro de um sistema que, muitas vezes, é invisibilizado.

Enquanto assistia, eu vi refletindo sobre quantas vezes a história apagou ou minimizou o papel das mulheres na ciência. E ainda continuam à margem, sem o devido reconhecimento. Isso me fez pensar que a representatividade feminina na conservação ambiental não é apenas uma questão de justiça social, mas também de eficiência e inovação. A ciência perde quando exclui perspectivas diversas, e o meio ambiente ganha quando há pluralidade de olhares e conhecimentos.

O documentário me trouxe um incômodo necessário: o que eu, como estudante e cidadã, posso fazer para fortalecer a presença feminina na ciência? Como podemos promover políticas públicas que garantam mais patrimônio nesse campo? Como a educação pode contribuir para que meninas vejam a ciência e a conservação ambiental como possibilidades reais de carreira?

Mais do que um evento acadêmico, essa exibição foi um chamado à ação. Sai de lá com a certeza de que não basta considerar a importância dessas mulheres; é preciso amplificar suas vozes, valorizar seu trabalho e questionar as estruturas que ainda dificultam seu avanço. Mulheres na Conservação não foi apenas um documentário para mim, mas uma janela para um debate urgente e necessário sobre gênero, ciência e o futuro do planeta.

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